terça-feira, 29 de maio de 2012

"De um lado, o termo contracultura pode se referir ao conjunto de movimentos de rebelião da juventude [...] que marcaram os anos 60: o movimento hippie, a música rock, uma certa movimentação nas universidades, viagens de mochila, drogas e assim por diante. [...] Trata-se, então, de um fenômeno datado e situado historicamente e que, embora muito próximo de nós, já faz parte do passado”. [...] “De outro lado, o mesmo termo pode também se referir a alguma coisa mais geral, mais abstrata, um certo espírito, um certo modo de contestação, de enfrentamento diante da ordem vigente, de caráter profundamente radical e bastante estranho às forças mais tradicionais de oposição a esta mesma ordem dominante. Um tipo de crítica anárquica – esta parece ser a palavra-chave – que, de certa maneira, ‘rompe com as regras do jogo’ em termos de modo de se fazer oposição a uma determinada situação. [...] Uma contracultura, entendida assim, reaparece de tempos em tempos, em diferentes épocas e situações, e costuma ter um papel fortemente revigorador da crítica social."

Fonte: http://plantasenteogenas.org/community/threads/contra-cultura-o-que-%C3%A9.4614/

        Os hippies eram parte do que se convencionou chamar movimento de contracultura dos anos 60. Adotavam um modo de vida comunitário ou estilo de vida nômade, negavam o nacionalismo e a Guerra do Vietnã, abraçavam aspectos de religiões como o budismo, hinduismo, e/ou as religiões das culturas nativas norte-americanas e estavam em desacordo com valores tradicionais da classe média americana. Eles enxergavam o paternalismo governamental, as corporações industriais e os valores sociais tradicionais como parte de um establishment único, e que não tinha legitimidade.
     O termo derivou da palavra em inglês hipster, que designava as pessoas nos EUA que se envolviam com a cultura negra, ex: Harry "The Hipster" Gibson. Em 6 de setembro de 1965, o termo hippie foi utilizado pela primeira vez, em um jornal de São Francisco, um artigo do jornalista Michael Smith.
     Nos anos 60, muitos jovens passaram a contestar a sociedade e a pôr em causa os valores tradicionais. Esses movimentos de contestação iniciaram-se nos EUA. Os hippies defendiam o amor livre e a não violência.
     Como grupo, os hippies tendem a usar cabelos e barbas mais compridos do que o considerado "elegante". Muita gente não associada à contracultura considerava os cabelos compridos uma ofensa, em parte por causa da atitude iconoclasta dos hippies, às vezes por os acharem "anti-higiênicos" ou os considerarem "coisa de mulher".
     Foi quando a peça musical Hair saiu do circuito chamado off-Broadway para um grande teatro da Broadway em 1968, que a contracultura hippie já estava se diversificando e saindo dos centros urbanos tradicionais.
     Os Hippies não pararam de fazer protestos contra a Guerra do Vietnã, cujo propósito era acabar com a guerra, a maioria eram soldados que voltaram depois de ter contato com os Indianos, que a partir desse contato, eles se inspiraram na religião e no jeito de viver para protestarem. Seu principal símbolo era o Mandala.
Abaixo estão algumas gírias bastante conhecidas pelos hippies:
* Arquibaldo - Torcedor de arquibancada
* Barra – Difícil
* Bicho – Amigo
* Bicho Grilo - Alguem Mal vestido
* Bichogrilês - Idioma dos Hippies
* Biônico - Político nomeado pelo governo
* Bode – Confusão
* Capanga – Bolsa
* Chacrinha - Conversa sem objetivos
* Dar o cano - quebrar compromissos
* Eu "tô" que "tô" que nem "tô" de tanto que "tô" - Eu Estou bem
* Fazer a cabeça – Conquistar
* Geraldino - Torcedor de geral
* Goiaba – Bobo
* Jóia - Tudo bem
* Pode crer – Acredite
* Repeteco - Repetição
    
 Outras características associadas aos hippies
* Roupas de cores brilhantes, e alguns estilos incomuns, (tais como calças boca-de-sino, camisas tingidas, roupas de inspiração indiana)
* Predileção por certos estilos de música, como rock psicodélico Grateful Dead, Jefferson Airplane, Janis Joplin e soft rock como Sonny & Cher; ou mais recentemente Phish, String Cheese Incident, the Black Crowes, ou a "trance music" de Goa;
* Às vezes tocar músicas nas casas de amigos ou em festas ao ar livre como na famosa "Human Be-In" de San Francisco, ou no Festival de Woodstock em 1969. Atualmente, há o chamado Burning Man Festival ;
* Amor livre. É curioso notar que muitos hippies, porém, não toleravam as relações sexuais ou amorosas entre homens, apenas entre mulheres;
* Vida em comunidades onde todos os ditames do capitalismo são deixados de lado. Por exemplo, todos os moradores exercem uma função dentro da comunidade, as decisões são tomadas em conjunto, normalmente é praticada a agricultura de subsistência e o comércio entre os moradores é realizado através da troca. Existem comunidades hippies espalhadas no mundo inteiro;
* O incenso e meditação são parte integrante da cultura hippie pelo seu caráter simbólico e quase religiosos;
* Uso de drogas como maconha, haxixe, e alucinógenos como o LSD e psilocibina (alcalóide extraído de um cogumelo). Porém muitos consideravam o cigarro feito de tabaco como prejudicial à saúde. O uso da maconha era exaltado mais por sua natureza iconoclasta e ilícita, do que por seus efeitos psico-farmacêuticos;
* Quanto à participação política, mostravam pouco interesse. Eram adeptos do pacifismo e, contrários à guerra do Vietnã, participaram de algumas manifestações anti-guerra dos anos 60, não todas, como se acredita. Ir contra qualquer tipo de manifestação política também faz parte da cultura hippie, que privilegia muito mais o bem estar da alma e do indivíduo.
     Por volta de 1970, muito do estilo hippie se tornou parte da cultura principal, porém muito pouco da sua essência. A grande imprensa perdeu seu interesse na subcultura hippie como tal, apesar de muitos hippies terem continuado a manter uma profunda ligação com a mesma. Como os hippies tenderam a evitar publicidade após a era do Verão do Amor e de Woodstock, surgiu um mito popular de que o movimento hippie não mais existia. De fato, ele continuou a existir em comunidades mundo afora, como andarilhos que acompanhavam suas bandas preferidas, ou às vezes nos interstícios da economia global. Ainda hoje, muitos se encontram em festivais e encontros para celebrar a vida e o amor, como no Peace Fest.




Música " God save the queen" do grupo punk "Sex Pistols".


Traduzida:


"Deus Salve A Rainha / Deus salve a rainha / Seu regime fascista/ Fez de você um retardadoBomba-H em potencial / Deus salve a rainha / Ela não é um ser humano / Não há futuro / Nos sonhos da Inglaterra. / Não seja dito no que você quer / Não seja dito no que você precisa / Não há futuro / Sem futuro para você / Deus salve a rainha / Nós queremos dizer isso, cara / Nós amamos nossa rainha /Deus salve. / Deus salve a rainha / Porque turistas são dinheiro / Nossa representante/ Não é o que ela parece. / Oh Deus salve história / Deus salve sua louca parada / Oh senhor Deus tenha piedade / Todos os crimes pagos / Quando não há futuro / Como pode haver pecado / Nós somos as flores/ Na lixeira / Nós somos o veneno / Em sua máquina humana / Nós somos o futuro/ Seu futuro. Deus salve a rainha / Nós queremos dizer isso, cara / Nós amamos nossa rainha /Deus salve. / Deus salve a rainha / Queremos dizer que o homem / Não há futuroEm Inglaterra está sonhando. / Sem futuro, sem futuro / Sem futuro para você / Sem futuro, sem futuro / Sem futuro para mim / Sem futuro, sem futuro / Sem futuro para você / sem futuro,sem futuro/ sem futuro para você."


Festival de Woodstock


          Conhecido com o mais importante evento de música pop da história, a Feira de Música & Arte Woodstock foi também o ápice do movimento de contracultura que se espalhou pelo mundo.
          Entre 15 e 18 de agosto de 1969, estimados meio milhão de pessoas se reuniram numa pequena fazenda no interior de Nova York para assistir a shows de alguns dos principais artistas da época.
          Ninguém esperava tantas pessoas. Foram vendidos apenas 186 mil ingressos, mas o evento acabou sendo gratuito. As estradas ficaram congestionadas e não havia infraestrutura para acomodar as pessoas. Mesmo com todos esses problemas, foram registradas apenas duas mortes: uma por overdose e outra por atropelamento.
          Embalados pela música folk, blues e rock, jovens tomavam banhos nus na chuva, brincavam na lama, meditavam, usavam drogas - LSD e maconha, principalmente - e faziam sexo em barracas. O clima libertário do evento virou símbolo da cultura hippie e da geração "Paz e Amor". 


O vídeo a seguir conta um pouco da cultura e movimento punk. 


Cultura Punk



       A cultura punk é formada por todos os estilos dentro da produção cultural que possuem certas características comuns àquelas ditas punk, como por exemplo o princípio de autonomia do faça-você-mesmo, o interesse pela aparência tosca e agressiva, a simplicidade e a subversão da cultura. Entre os principais elementos culturais punk estão: o estilo musical, a moda, o design, as artes plásticas, o cinema, a poesia, e também o comportamento, expressões linguísticas, símbolos e outros códigos de comunicação. A partir do início da década de 1970 o conceito de cultura punk adquiriu novo sentido com a expressão movimento punk, que passou a ser usada para definir sua transformação em tribo urbana, substituindo uma concepção abrangente e pouco definida da atitude individual e fundamentalmente cultural pelo conceito de movimento social propriamente dito: a aceitação pelo indivíduo de uma ideologia, comportamento e postura supostos comum a todos membros do movimento punk ou da gangue ou ramificação que ele pertence.
       O movimento punk é uma forma mais ou menos organizada e unificada, com o intuito de alcançar objetivos, seja a revolução política, almejada de forma diferente pelos vários subgrupos do movimento, seja a preservação e resistência da tradição punk, como forma cultural deliberadamente marginal e alternativa à cultura tradicional vigente na sociedade ou como manifestação de segregação e auto-afirmação por gangues de rua. A cultura punk, segundo esta definição, pode então ser entendida como costumes, tradições e ideologias de uma organização ou grupo social.
       O primeiro aspecto cultural punk desenvolvido foi o estilo musical. A música punk desde suas origem até os dias de hoje passou por diversas mudanças e sub-divisões, englobando características que vão do pop-rock irônico e politicamente indiferente ao ruidoso discurso político panfletário. Apesar disso, nos diversos estilos de música punk o caráter anti-social e/ou socialmente crítico é bastante recorrente e a ausência destas características é vista por alguns como justificativa para o não-reconhecimento de uma banda como sendo do estilo punk. Estilos muito distintos do punk-rock também são desconsiderados com freqüência.
       O estilo punk pode ser reconhecido pela combinação de alguns elementos considerados típicos (alfinetes, patches, lenços no pescoço ou à mostra no bolso traseiro da calça, calças jeans rasgadas, calças pretas justas, jaquetas de couro com rebites e mensagens inscritas nas costas, coturnos, tênis converse, correntes, corte de cabelo moicano,(colorido ou espetado, etc) ou espetado por inteiro (dos lados, atrás e em cima) e em alguns casos lapis ou sombra no olho, sendo esta combinação aleatória ou de acordo com combinações comuns à certos sub-gêneros punk, ou ainda o reconhecimento pode ser pelo uso de uma aparência que seja desleixada, "artesanalmente" adaptada e que carregue alguma sugestão ou similaridade com o punk sem necessariamente utilizar os itens tradicionais do estilo. A moda punk, em sua maioria, é deliberadamente contrastante com a moda vigente e por vezes apresenta elementos contestadores ou ofensivos aos valores aceitos socialmente -no entanto um número considerável de punks e alguns sub-gêneros apresentam uma aparência menos chamativa .
       Desde o seu início, o Punk teve ideias apartidárias e a liberdade para acreditar ou não em um deus ou religião qualquer. Porém, por causa do tempo de existência, seu caráter cosmopolita e amplo, ocorreram distorções de todas as formas, em diversos países, dando ao movimento Punk uma cara parecida mas totalmente particularizada em cada país.

MOVIMENTO UNDERGROUND

                                                    Velvet Underground, grupo importante no movimento.




         Por definição, o movimento Underground representou, nos anos 60, e ainda representa um movimento de resistência, vanguarda cultural, contracultura. A palavra vanguarda vem do francês e era usada nos batalhões de infantaria das guerras. Com o tempo, passou a denominar tudo o que estava na frente, na moda, era notável. Assim, os beatnikshipstershippiesrockerse outros se colocavam dentro da realidade sessentista como representantes de uma cultura alternativa em que o SER homem não se limitava às regras sociais impostas.
      Tal movimento começou oficialmente através das poesias beats (anos 40) e seguiu se modificando – mas nunca perdendo a base revolucionária – chegando até a década de 1970 com o surgimento do punk. Essas manifestações eram muito mais do que música ou modo de se vestir, eram encaradas como ideologias, através das quais era possível fugir das linhascontroladoras do capitalismo ou do sofrimento causado por ele. Eram, principalmente, jovens que dentro de seus respectivos grupos revolucionários buscavam mudar a mentalidade social e, a partir disso, transformar a estrutura da sociedade; seria uma mudança de comportamento, mentalidade e atitudes.
     Atualmente, o termo é usado para definir tudo aquilo que é restrito à cultura alternativa, se opondo ao “mainstream” (cultura de massa). São artistas que procuram produções baratas, alternativas e livres de qualquer impedimento imposto pelos grandes estúdios, produtores, editoras e grandes galerias de arte. Para algumas pessoas, como a fotógrafa Patrícia Cecatti, “esse ‘ar de revolução’ se dissipou e movimentos como o punk e o hippie desapareceram, restando apenas, roupas, atitude e influências musicais”. Como diria John Lennon: “The dream is over”! (O sonho acabou!)
     Para alguns, a realidade é outra. Para Debbie, primeira mulher a ter um selo independente em toda a América Latina e dona da Ordinary Recordings, o punk não acabou e a filosofia Do it yourself ainda continua. “O punk hoje tem mais uma coisa de camisetas em branco, vegetarianismo, no religion. Vender seus discos sem usar a mídia de forma corrosiva, trabalhar com ética, se recusar a fazer parte do esquema, essa é a verdadeira rebeldia”.
     Com a ascensão da Internet, as possibilidades de se popularizar um movimento ficaram maiores e, assim, as pessoas que hoje ainda tem um pouco dessas décadas de mudança podem reciclar estes movimentos sem perder alguns ideais. No entanto, é fato que não há mais aquela efervescência jovial.
     Aqui no Brasil, o cenário underground é representado pela imprensa alternativa, por gêneros musicais como o punk e pelo cinema alternativo. No que diz respeito à música, surgiu no Nordeste, na década de 1970, um movimento baseado nas experiências revolucionárias dos anos anteriores. O chamado “Movimento Udigrudi” fazia uma analogia ao cenário underground que explodia mundo afora. Zé Ramalho e Alceu Valença são figuras famosas deste cenário.
     Muitos nomearem o “Udigrudi” como beat-psicodelia recifense que recebia influência do Tropicalismo, Jovem Guarda, Regionalismo e “Beatlemania”. Tal ideologia levou consigo não só a música, mas também a literatura e até mesmo o artesanato. Vários foram os álbuns lançados que mostravam inovação musical – como a experiência de Zé Ramalho e Lula Côrtes no álbum duplo Paêbirú, em que são colocadas experiências psicodélicas ao estilo Jimmy Hendrix, que nem Os Mutantes chegaram a tanto. É lamentável que no Brasil isso seja pouco conhecido, mas estrangeiros pagam uma alta quantia por LP’s originais.
     O movimento, que na sua significação comum indica algo subterrâneo, já não é mais assim. Os que antes encaravam o Underground como algo acessível pela minoria e pouco conhecido do grande público precisam mudar seus conceitos, porque felizmente – ou infelizmente, segundo muitos – a acessibilidade cresceu por meio da Internet e, o que antes eram gritos isolados, começa a tomar forma e força no âmbito geral.

O vídeo a seguir mostra brevemente o que é a contracultura:


Geração Beat


             Os Beats surgiram no fim da década de 50. Era um grupo de rapazes, poetas principalmente, que andaram na contramão da cultura vigente. Propunham uma nova visão de mundo, ao som do jazz. Com eles estreiou-se o conceito de contracultura. Chamados de geração maldita, foram pejorativamente chamados de beatniks, em uma alusão ao satélite russo Sputnik, enviado a órbita da Terra em 1957. Ser comunista não era exatamente uma qualidade apreciada.
             Mais do que ser contra o consumismo exagerado, os Beats faziam uma crítica ao estilo de vida americano e a política conservadorista. Entretanto, suas experiências, segundo o prof. Agnelo Fedel, estavam “voltadas para o interior, para o pessoal, uma questão de não aceitação daquela cultura enraizada da década de 50, do pós-guerra.” Buscavam a liberdade e a não conformidade, “era uma liberdade da alma, do espírito”, diz ainda Agnelo. Expressavam-se através da poesia e da música, que poderia, para a sociedade dos anos 50, ser extremamente agressiva, “mas bem menos agressiva do que a gente viu com o movimento hippie”, explica o professor da FCA. Para alcançar esse ideal, muitos colocaram o pé na estrada.
              “Eles bebiam prá caramba”, diz a professora Lilian Santiago, esta era outra forma de tentarem alcançar um maior conhecimento interior. “Eles utilizavam (bebidas e drogas) para fazer viagens”, conta o prof. Agnelo, “e assim partiam para um processo mais criativo”, completa.
              E foi numa dessas viagens alucinógenas que foi escrito On the Road (Pé na Estrada), de Jack Kerouac, obra que é a representação máxima do movimento Beat. Publicado em 1957, com uma narrativa intensa e o pensamento desordenado, prega, acima de tudo, a busca por experiências autênticas, o compromisso com a vida, a espontaneidade. Kerouac foi o principal escritor do movimento e sua obra foi adotada como a bíblia do movimento hippie.



Fonte: http://ladobjornalismo.blogspot.com.br/2012/03/geracao-beat-e-contracultura.html

terça-feira, 15 de maio de 2012

Embalando no som da contracultura

Diferente do que muitas pessoas pensam,o Rock não é apenas um estilo musical,mas também um movimento social importante que teve início da década de 1950 nos Estados Unidos.Essa agitação predominantemente jovem obteve grande impacto na sociedade da época e se manifestou especialmente na música,no estilo das roupas,cinema e comportamento.
  O contexto de nascimento do Rock foi o pós-segunda guerra mundial nos EUA, tempos de extremo consumismo da sociedade, uma vez que, grande parte das invenções para uso militar se tornaram produtos para o consumo da população. Também foi o período da Guerra Fria, que “dividia” os jovens em: socialistas, anarquistas, capitalistas e os que não eram nada. Neste cenário, começaram a surgir filmes baseados na sociedade alienada, que mostravam motoqueiros invadindo cidades e rapazes delinquentes homicidas, evidenciando em forma de violência, a indignação da juventude marginalizada para com o sistema. Até que em 1955, o filme de maior sucesso dentro desse “gênero”, Sementes da Violência surgiu com a música tema de Bill Haley, Rock Around The Clock: o primeiro sucesso do movimento que, tornou-se o hino dos jovens, “um lugar onde se apoiavam”.
  No ano seguinte, surge o famoso rei do Rock: Elvis Presley. Um símbolo sexual que cantava com um negro teve o poder de transformar o Rock de modismo em revolução, mesmo que ainda não fosse nada engajado. Com voz rouca e um jeito inigualável de dançar, o cantor atingiu vendas extraordinárias durante toda a sua carreira, permitindo-o manter o título de rei mesmo depois de sua morte, em 16 de agosto de 1977.
  Em 1962 são apresentados ao mundo os Beatles e sua grande composição: Love Me Do. Com a imagem de bons rapazes e a música dançante, o êxito dos garotos de Liverpool aumentava a cada ano, tornando-os a banda mais conhecida durante os anos 60 – mais conhecidos do que Jesus Cristo, como disse um dos integrantes da banda –, algo que ajudou a difundir o Rock como fenômeno mundial.
  As canções de rock’n-roll representavam a realidade da época: ruas cheias de carros, pessoas se amando, se odiando, sapatos pisando no asfalto, hotéis, lanchonetes, bombas de gasolina. As letras tratavam de problemas cotidianos dos jovens, desde as complexas relações humanas até o prazer de ouvir rock’n-roll bem alto dirigindo um carrão. Inicialmente, esse estilo tinha como temas principais: convites à dança e ao amor, descrição de carros e garotas, histórias de colégio e dramas da adolescência.
  Mais tarde, no princípio dos anos 1960, apareceram artistas como Bob Dylan que revolucionaram o cenário do Rock, trazendo músicas engajadas para um público menos alienado – tal revolução musical, juntamente aos movimentos pacifistas e manifestações contra a Guerra do Vietnã, deu à década de 60 o apelido de “Anos Rebeldes”. Canções como Masters of War eram denúncias ao militarismo e à corrida nuclear que assombrava todos. Dessa forma, os grupos de Rock passaram a buscar novas dimensões expressivas que continuam até os tempos atuais, quando, infelizmente ele não está tão popular quanto nos velhos tempos.
  Em 1969, o Festival Woodstock torna-se o símbolo desse período. Sob o lema “paz e amor”, meio milhão de jovens compareceram ao concerto que contou com a presença de Jimi Hendrix e Janis Joplin. Trinta e dois dos mais conhecidos músicos da época apresentaram-se durante aquele fim de semana chuvoso. Apesar das tentativas posteriores de emular o festival, Woodstock provou ser único e lendário, reconhecido como um dos maiores momentos na história da música.
Fonte: http://jornalsociologico.blogspot.com.br





Anarquismo


Anarquismo pode ser definido como uma doutrina (conjunto de princípios políticos, sociais e culturais) que defende o fim de qualquer forma de autoridade e dominação (política, econômica, social e religiosa). Em resumo, os anarquistas defendem uma sociedade baseada na liberdade total, porém responsável.
O anarquismo é contrário a existência de governo, polícia, casamento, escola tradicional e qualquer tipo de instituição que envolva relação de autoridade. Defendem também o fim do sistema capitalista, da propriedade privada e do Estado.
Os anarquistas defendem uma sociedade baseada na liberdade dos indivíduos, solidariedade (apoio mútuo), coexistência harmoniosa, propriedade coletiva, autodisciplina, responsabilidade (individual e coletiva) e forma de governo baseada na autogestão.

Fonte:http://educacao.uol.com.br/sociologia/anarquismo-origens-da-ideologia-anarquista.jhtm

Movimento Hippie

O movimento hippie compartilhava de ideais anarquistas de comunidades que buscavam liberdade sexual e amorosa,integração com a natureza e alimentação natural,a luta pela paz e pelo fim da repressão,e a crítica à massa.Esse movimento surgiu nos Estados Unidos na década de 1960 e ganhou força no Brasil na década de 1970.Todos os moradores de uma sociedade hippie exerciam uma função dentro da comunidade,as decisões eram tomadas em conjunto,praticavam agricultura e o comércio existia sim,entre os próprios moradores,através das trocas.Fugiam totalmente do padrão,tendo,homens e mulheres,cabelos compridos,usando roupas coloridas e cultivando a mensagem principal : Paz e Amor !
Alguns historiadores dizem que os hippies eram os filhos dos Beatniks , da década de 1950, os primeiros a manifestar movimentos contra a cultura de massa,a "cultura" que era vendida ao povo.Enquanto o American way of life (modo de vida americano),deslumbrava o mundo,alguns poucos"malucos" pegavam outro caminho,a estrada inversa.O primeiro movimento americano contracultura foi o beat.Os beatniks,como ficaram conhecidos,eram jovens de famílias ricas que,desestimulados com o modo de vida urbano pós-guerra,regados de jazz,sexo,drogas e literatura,resolveram cair na estrada.Depois de conhecer sobre os Beatniks e os Hippies,podemos afirmar o quanto o capitalismo consegue transformar tudo em comercialização.Hoje em dia,muitas pessoas não sabem que "hippie",já foi um estilo de vida,uma ideologia a ser seguida,pois agora o capitalismo conseguiu transformar isso em moda,e é possível comprar roupas do "estilo hippie" nos shoppings das cidades.

Fontes:http://jornalsociologico.blogspot.com.br/2009/05/contracultura-o-que-e-como-se-faz.html
        

O que é contracultura ?

A contracultura foi um grande movimento que floresceu na década de 1960. Marcou o mundo,introduziu-se na história e influenciou gerações.Não foi o mero capricho de uma juventude rebelde,foi mais que isso! Ela nasceu do desejo de mudar o mundo.A diferença é que esses jovens partiram para a ação e lutaram de forma pacífica por seus objetivos. Não conseguiram mudar a realidade,porém,como mérito,transformaram mentalidades.A contracultura é mais que um movimento cultural,é também um movimento social e político. Onde uma sociedade com os mesmos ideais se cansa de tendências,modismos e tudo que lhe era imposto.Na tentativa de fujir do "American way of life",e conquistar a liberdade longe do poder do governo,da polícia e de qualquer instituição de poder,surge-se então os movimentos contracultura,como o Movimento Hippie,e o Movimento Anarquista.
Fontehttp://jornalsociologico.blogspot.com.br/2009/05/contracultura-o-que-e-como-se-faz.html