Os Beats surgiram no fim da década de 50. Era
um grupo de rapazes, poetas principalmente, que andaram na contramão da cultura
vigente. Propunham uma nova visão de mundo, ao som do jazz. Com eles
estreiou-se o conceito de contracultura. Chamados de geração maldita, foram
pejorativamente chamados de beatniks, em uma alusão ao satélite russo Sputnik,
enviado a órbita da Terra em 1957. Ser comunista não era exatamente uma
qualidade apreciada.
Mais do que ser contra o
consumismo exagerado, os Beats faziam uma crítica ao estilo de vida americano e
a política conservadorista. Entretanto, suas experiências, segundo o prof.
Agnelo Fedel, estavam “voltadas para o interior, para o pessoal, uma questão de
não aceitação daquela cultura enraizada da década de 50, do pós-guerra.”
Buscavam a liberdade e a não conformidade, “era uma liberdade da alma, do
espírito”, diz ainda Agnelo. Expressavam-se através da poesia e da música, que
poderia, para a sociedade dos anos 50, ser extremamente agressiva, “mas bem
menos agressiva do que a gente viu com o movimento hippie”, explica o professor
da FCA. Para alcançar esse ideal, muitos colocaram o pé na estrada.
“Eles bebiam prá caramba”,
diz a professora Lilian Santiago, esta era outra forma de tentarem alcançar um
maior conhecimento interior. “Eles utilizavam (bebidas e drogas) para fazer viagens”,
conta o prof. Agnelo, “e assim partiam para um processo mais criativo”,
completa.
E foi numa dessas viagens
alucinógenas que foi escrito On the Road (Pé
na Estrada), de Jack Kerouac, obra que é a representação máxima do movimento
Beat. Publicado em 1957, com uma narrativa intensa e o pensamento desordenado,
prega, acima de tudo, a busca por experiências autênticas, o compromisso com a
vida, a espontaneidade. Kerouac foi o principal escritor do movimento e sua
obra foi adotada como a bíblia do movimento hippie.
Fonte: http://ladobjornalismo.blogspot.com.br/2012/03/geracao-beat-e-contracultura.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário